domingo, 2 de dezembro de 2012

Nosso Cestinha

Tenho um aluno que achava que conhecia,  ele foi meu aluno   desde a outra escola, hoje está na 6ª série. Esse aluno sempre teve bons professores, sempre precisou de atenção especial, pois tem muita dificuldade em aprender.
Por essa dificuldade toda, sempre foi motivo de "um certo preconceito", por parte dos  colegas de sala, eu mesmo confesso que não tinha muita paciência, atê porque o cara é pura energia, o que meus colegas de trabalho chamam de "hiperativo", ele não para. 
Ele chega cedo no centro educacional onde trabalho e onde tiver agito, lá está o "JV", vamos chama-lo assim. Esse ano comecei a aproveita-lo na turma de basquetebol pois é capaz de ficar a aula toda arremessando. E qual não foi a minha surpresa ao ver que aprendia com facilidade; um corte, um drible, uma bandeja, uma parada e principalmente o arremesso. Tanto, que resolvi aproveita-lo nas olímpiadas estudantis, onde ficamos em 2° lugar, "JV", inclusive vez uma cesta de lance- livre em um dos jogos. 
Na realidade o que me chamou atenção foi em outro dia,  durante a aula de educação física, "JV" estava com uma bola basquetebol, arremessando  como de costume. De repente, fez um arremesso  e sorrindo, veio até a mim. -Professor! essa foi a minha cesta número 1999. Antes de me virar e cair na risada, disse:- "É, mesmo, que legal!". Só sei que ganhei o dia, nem sei se o "JV" sabe realmente contar e tem memoria pra tanto, só sei que ele é feliz quando está na quadra, se dedica e tem concentração nesses momentos onde é ele, a cesta e a bola. 
E nesse dia tornou-se nosso cestinha (artilheiro no basquetebol, o que faz mais pontos). pra mim e notei a diferença que podemos fazer na vida dessa garotada.
É isso.

Eu, o nem sempre, o errado

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