sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Crônica:- "Duas horas na fila"


 

 

Essa semana movido por um impulso que  não dá para explicar peguei uma fila e permaneci por quase duas horas, era uma fila por troca de cupons para concorrer á um sorteio, assim com eu, umas 400 pessoas, pelo que pude calcular fizeram o mesmo, gente com filho pequeno, idosos, ah! como gostam de uma filas, gente que assim como eu não estava preparada pra enfrentar duas horas em pé, gente que contou com a colaboração de uma verdadeira equipe para ajuda-los, trazendo água, sorvete ou revezar enquanto se ia ao banheiro, enfim, todo tipo de gente. Porém,  o que me chamou atenção foi um senhor que podia passar despercebido dentre todos mas não, ele puxava papo com as pessoas, e puxou papo com uma mocinha, alias uma bela moça, talvez a mais bonita da fila. Ao meu ver ele não tinha segundas intenções, ficou meio estranho no começo pelo que pude conferir nas expressões da moça mas, aos poucos ela foi sorrindo, comentando os assuntos, foi criando uma empatia. Fiquei boquiaberto, quem não fica ressabiado quando alguém puxa conversa com a gente. Este senhor tinha esse dom,  de repente tinha mais gente comentando, rindo, discordando, sei lá, interagindo com ele.

Fiquei atento, gostaria de aprender sua técnica, parecia aqueles vendedores que quando você menos espera te faz comprar aquela camisa marrom que você tem no guarda roupa e nunca usou na vida. Pior, que o cara fazia perguntas ou comentários mais esdrúxulos possíveis; “O Brasil vai ganhar a Copa”, “Você acha que o Fluminense deve ser rebaixado”, “O que você esta achando dos corredores de ônibus?”... Nenhuma pergunta que exigisse ser um Eistein para responder, coisas simples do dia a dia, qualquer um podia emitir uma opinião sem se comprometer na resposta, e que fazia quem estava por perto sentir vontade de participar da conversa, talvez essa fosse sua pretensão, dar voz àqueles que como eu resolveram encarar essa bendita fila e fazer o tempo de espera o mais prazeroso possível.
 
é isso,
 
 
Eu, o errado!

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