Essa semana movido por um impulso
que não dá para explicar peguei uma fila
e permaneci por quase duas horas, era uma fila por troca de cupons para
concorrer á um sorteio, assim com eu, umas 400 pessoas, pelo que pude calcular
fizeram o mesmo, gente com filho pequeno, idosos, ah! como gostam de uma filas,
gente que assim como eu não estava preparada pra enfrentar duas horas em pé, gente que
contou com a colaboração de uma verdadeira equipe para ajuda-los, trazendo água, sorvete ou
revezar enquanto se ia ao banheiro, enfim, todo tipo de gente. Porém, o que me chamou atenção foi um senhor que
podia passar despercebido dentre todos mas não, ele puxava papo com as pessoas,
e puxou papo com uma mocinha, alias uma bela moça, talvez a mais bonita da
fila. Ao meu ver ele não tinha segundas intenções, ficou meio estranho no
começo pelo que pude conferir nas expressões da moça mas, aos poucos ela foi
sorrindo, comentando os assuntos, foi criando uma empatia. Fiquei boquiaberto,
quem não fica ressabiado quando alguém puxa conversa com a gente. Este senhor
tinha esse dom, de repente tinha mais
gente comentando, rindo, discordando, sei lá, interagindo com ele.
Fiquei atento, gostaria de
aprender sua técnica, parecia aqueles vendedores que quando você menos espera
te faz comprar aquela camisa marrom que você tem no guarda roupa e nunca usou
na vida. Pior, que o cara fazia perguntas ou comentários mais esdrúxulos
possíveis; “O Brasil vai ganhar a Copa”, “Você acha que o Fluminense deve ser
rebaixado”, “O que você esta achando dos corredores de ônibus?”... Nenhuma
pergunta que exigisse ser um Eistein para responder, coisas simples do dia a dia,
qualquer um podia emitir uma opinião sem se comprometer na resposta, e que
fazia quem estava por perto sentir vontade de participar da conversa, talvez
essa fosse sua pretensão, dar voz àqueles que como eu resolveram encarar essa
bendita fila e fazer o tempo de espera o mais prazeroso possível.
é isso,
Eu, o errado!
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